sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Irão
Uma guerra anunciada

Ao afirmar, em Abu Dhabi, que o "Irão é a maior ameaça à paz", George W. Bush contribuiu para aumentar o clima de medo no Médio Oriente e as manifestações contra o Ocidente. O presidente norte-americano, ao deslocar-se à região, procura apoio político, sobretudo, dos velhos inimigos do Irão, como é o caso de Israel. A sua intenção é deixar Teerão totalmente isolada, sem apoio dos seus vizinhos. De modo a ser facilmente aniquilado por uma forçada coligação ou, apenas, por militares norte-americanos.
Em vez de optar pela resolução do conflito por via diplomática, George W. Bush parece ter vontade de resolver mais este problema através da força e da guerra. Para o Sr. Bush, pegar em armas e bombardear os outros países, de preferência ricos em recursos naturais, é a solução mais acertada...
A paz no Médio Oriente só iria trazer prejuízos aos EUA. Onde é que os norte-americanos iriam buscar o petróleo para alimentar a sua brutal economia? Não teriam países para explorar e para prometer protecção em caso de conflitos. Em troca, os seus aliados oferecem este precioso líquido.
Nem os EUA nem outro país qualquer deveria entrar no Irão sem ter provas da existência de armas nucleares. Penso que a solução passa por voltar a enviar inspectores da ONU que investiguem se estas existem ou não, mas, desta vez, convém “dar-lhes ouvidos”.
Porque o caso do Iraque ainda está fresco na memória. As alegadas armas nucleares nunca apareceram e, depois da invasão, constatou-se que havia, apenas, um exército fraco e muito mal treinado.
O mundo não pode cair no mesmo erro, o mundo não pode deixar os EUA serem o juiz que condena quem deseja. Está na hora da Europa ter um papel mais activo no combate aos problemas globais.

Álvaro Bastos
3º Comunicação Social

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