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Passa pelos claustros de manhã e é rara a pessoa que não cumprimenta com um bom dia ainda ensonado. Laurindo Filho é presidente da Associação de Estudantes da ESEC há cinco anos. Tem um problema com a Estatística
Nascido em terras de Vera Cruz onde viveu até aos 11 anos, Laurindo saiu de S. Paulo para vir viver para Portugal. A instabilidade financeira, a insegurança e, principalmente, a enorme vontade de regressar às origens fez com que os seus pais assentassem de vez em Penacova, uma pequena vila do distrito de Coimbra. “Nós vivíamos muito bem lá, mas o meu pai achou melhor viver em Portugal”. Laurindo conta que a sua primeira desilusão, em Portugal, foi o clima, pois é uma pessoa que gosta de sol e calor. “Nunca mais me esqueço de que, quando cheguei, choveu durante 15 dias. Só me apetecia voltar para o Brasil”, recorda. O facto de os brasileiros serem pessoas mais alegres e afáveis também contribuiu para que as saudades aumentassem. Hoje, Laurindo diz já se ter habituado, mas não põe de parte a hipótese de regressar.
Estudou no Instituto de Ensino Santo Ivo, em S. Paulo, até ao 5º ano e concluiu o ensino secundário em Penacova. Entrou na Escola Superior de Educação de Viseu em 1999, mas não ficou satisfeito, porque o que realmente queria era estudar em Coimbra. “Na altura, eu tinha 17 anos e, para além dos motivos pessoais, era em Coimbra, com toda a sua mística de vida académica, onde eu queria estudar”. Em 2000, entra na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) na primeira opção, Comunicação Social, curso que frequenta ainda.
Foi logo no seu ano de caloiro que se viu “metido” na Associação de Estudantes (AE), ocupando o lugar de relator do conselho fiscal. Concorreu à presidência da AE no ano de 2002/2003 e de lá não saiu até aos dias de hoje. Como seria de esperar, ao longo de cinco anos conheceu altos e baixos. Se há pessoas que desistem à primeira tempestade, essa pessoa não é Laurindo Filho. “Quando o compromisso está assumido, levo as coisas até ao fim”, diz com naturalidade.
Hoje em dia, divide o seu tempo entre a AE, e toda a roda-viva que esta implica, a tentativa de se manter a par da actualidade informativa, e os assuntos relativos à Real Tertúlia Bubones (Comissão de Praxe da ESEC) que dirige como Mocho Real. Sempre que tem um tempinho, dá uma olhadela nos apontamentos de Estatística, cadeira que o prende no 3º ano da Licenciatura. As suas perspectivas para o futuro passam essencialmente por acabar o curso e trabalhar na área do curso.
Nos tempos livres gosta é de jogar à bola com os amigos, embora também se dedique à prática futebolística a nível federado. Gosta de navegar na Internet, de ler, de escrever e de cantar. “Quem o conhece sabe que passa os dias a cantarolar. Às vezes é preciso pedir por favor, para que ele pare”, diz o seu irmão Horácio entre gargalhadas.
Divertido, alegre, amigo do seu amigo, responsável, sensível, optimista, corajoso, romântico e muito empenhado são as palavras mais ouvidas pelos amigos quando o assunto é o Laurindo. A opinião é unânime: “Os adjectivos parecem poucos e vagos para o descrever”. E tu Laurindo, como é que te caracterizas? “Eu? Eu sou acima de tudo um sonhador”. Grupo 2
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