Entrevista
Francisco Amaral, coordenador do projecto ESEC TV, afirma que todas as instituições têm algo a pedir à ESEC TV, mas não oferecem nada em troca. Ainda assim, o projecto da ESEC TV parece já não correr risco de vida, como há umas semanas atrás
Francisco Amaral, coordenador do projecto ESEC TV, afirma que todas as instituições têm algo a pedir à ESEC TV, mas não oferecem nada em troca. Ainda assim, o projecto da ESEC TV parece já não correr risco de vida, como há umas semanas atrás
Qual é a actual situação da ESEC TV? Corre o risco de terminar?
Neste momento a situação já não é complicada. Houve um momento delicado, porque os três colaboradores fixos que estavam a trabalhar em regime de prestação de serviços não podiam continuar assim por muito mais tempo. A única solução era constituírem uma empresa, mas isso implicava mais custos para a escola, que tinha comprar os seus serviços. Eu próprio, responsável pelo projecto, como estou em regime de comissão de serviço, recebi o aviso do Ministério da Educação a dizer que tinha cinco dias para regressar à minha escola de origem, o que era um absurdo. Mas o secretário de Estado voltou atrás, uma vez que não fazia sentido as pessoas irem para uma escola em Novembro, quando já não havia trabalho por distribuir. Quanto aos colaboradores fixos, a escola vai avançar com uma proposta para passarem a encarregados de trabalhos, e assim já ficarem com uma ligação à escola.
Quais são as dificuldades que enfrentam a nível de produção e de prazos? Porque é que o programa Ciência por Miúdos ainda não foi para o ar?
Não é por acaso que a televisão é o meio de comunicação mais caro. Envolve muita gente, equipamento caro e demora-se muito tempo a obter o produto final. As pessoas vêem um produto de uma hora e pensam que, no máximo, aquilo demorou o dobro a fazer. Mas não é assim. Temos pouca gente, mas agora os alunos da cadeira de Introdução à Produção Televisiva estão a colaborar connosco e vão ser avaliados por isso. No entanto, é preciso uma fase de adaptação, de aprendizagem. Estamos atrasados no programa Ciência por Miúdos. Devíamos ter terminado no final de Setembro e, se conseguirmos acabar no final de Dezembro, teremos muita sorte. A RTP pode começar a ficar de pé atrás, uma vez que temos um compromisso a cumprir com a directora de programas infantis. O programa envolve ainda mais gente do que os outros projectos da ESEC TV e muitas dessas pessoas não trabalham aqui. Este programa não assumiu uma data para avançar, porque era impossível cumprir, mas no programa Espaço Universidades há prazos.
Com que apoios conta a ESEC TV?
Não temos apoios nenhuns. Também é verdade que só tentámos um apoio, junto da Delegação Regional de Cultura do Centro. Porque o programa é um magazine e tem peças sobre o que se passa na cidade, no âmbito escolar e cultural. É certo que, neste momento, quase não há nenhuma instituição na cidade que não nos peça para fazer qualquer coisa, mas estão sempre na expectativa de que nós o façamos gratuitamente. Ao menos deviam pagar as cassetes, os transportes. A Câmara Municipal e a própria Universidade de Coimbra estão sempre a sugerir coisas. Ainda agora saiu daqui um representante do Coro de Pequenos Cantores de Coimbra, que nos pediu para gravarmos um espectáculo, mas aparentemente não têm dinheiro. A comunidade habituou-se a esta ideia: a ESEC TV só se não puder é que não vai lá dar uma perninha. A escola não tem obrigação de estar a desembolsar para os outros. Uma coisa é formação, outra coisa é estar a fazer trabalhos para as pessoas. Se todas as pessoas ajudassem era mais fácil. O que é certo é que toda a gente pede, mas ninguém dá nada. Eu acho que isto é positivo, no sentido em que mostra que a ESEC TV já conquistou um espaço na cidade, mas fazer custa dinheiro.
Considera adequado o horário a que passa o programa?
Discutimos muito com o director de programas da RTP 2 o horário de transmissão. Há dias em que, sabe-se lá porquê, escondem o programa atrás de uma repetição qualquer. No início, foi pensado passar por volta da 1h00, uma vez que pretendemos atingir um público jovem e não podemos competir no prime-time. Acho que depois da 1h30 já é muito tarde, à 1h00 é ideal, uma vez que o público potencial é ainda de cinquenta mil pessoas. Temos uma audiência média entre as vinte mil e as trinta mil pessoas. Não há nenhuma actividade da ESEC que atinja as trinta mil pessoas, nem sequer as mil pessoas. Grupo 1
Neste momento a situação já não é complicada. Houve um momento delicado, porque os três colaboradores fixos que estavam a trabalhar em regime de prestação de serviços não podiam continuar assim por muito mais tempo. A única solução era constituírem uma empresa, mas isso implicava mais custos para a escola, que tinha comprar os seus serviços. Eu próprio, responsável pelo projecto, como estou em regime de comissão de serviço, recebi o aviso do Ministério da Educação a dizer que tinha cinco dias para regressar à minha escola de origem, o que era um absurdo. Mas o secretário de Estado voltou atrás, uma vez que não fazia sentido as pessoas irem para uma escola em Novembro, quando já não havia trabalho por distribuir. Quanto aos colaboradores fixos, a escola vai avançar com uma proposta para passarem a encarregados de trabalhos, e assim já ficarem com uma ligação à escola.
Quais são as dificuldades que enfrentam a nível de produção e de prazos? Porque é que o programa Ciência por Miúdos ainda não foi para o ar?
Não é por acaso que a televisão é o meio de comunicação mais caro. Envolve muita gente, equipamento caro e demora-se muito tempo a obter o produto final. As pessoas vêem um produto de uma hora e pensam que, no máximo, aquilo demorou o dobro a fazer. Mas não é assim. Temos pouca gente, mas agora os alunos da cadeira de Introdução à Produção Televisiva estão a colaborar connosco e vão ser avaliados por isso. No entanto, é preciso uma fase de adaptação, de aprendizagem. Estamos atrasados no programa Ciência por Miúdos. Devíamos ter terminado no final de Setembro e, se conseguirmos acabar no final de Dezembro, teremos muita sorte. A RTP pode começar a ficar de pé atrás, uma vez que temos um compromisso a cumprir com a directora de programas infantis. O programa envolve ainda mais gente do que os outros projectos da ESEC TV e muitas dessas pessoas não trabalham aqui. Este programa não assumiu uma data para avançar, porque era impossível cumprir, mas no programa Espaço Universidades há prazos.
Com que apoios conta a ESEC TV?
Não temos apoios nenhuns. Também é verdade que só tentámos um apoio, junto da Delegação Regional de Cultura do Centro. Porque o programa é um magazine e tem peças sobre o que se passa na cidade, no âmbito escolar e cultural. É certo que, neste momento, quase não há nenhuma instituição na cidade que não nos peça para fazer qualquer coisa, mas estão sempre na expectativa de que nós o façamos gratuitamente. Ao menos deviam pagar as cassetes, os transportes. A Câmara Municipal e a própria Universidade de Coimbra estão sempre a sugerir coisas. Ainda agora saiu daqui um representante do Coro de Pequenos Cantores de Coimbra, que nos pediu para gravarmos um espectáculo, mas aparentemente não têm dinheiro. A comunidade habituou-se a esta ideia: a ESEC TV só se não puder é que não vai lá dar uma perninha. A escola não tem obrigação de estar a desembolsar para os outros. Uma coisa é formação, outra coisa é estar a fazer trabalhos para as pessoas. Se todas as pessoas ajudassem era mais fácil. O que é certo é que toda a gente pede, mas ninguém dá nada. Eu acho que isto é positivo, no sentido em que mostra que a ESEC TV já conquistou um espaço na cidade, mas fazer custa dinheiro.
Considera adequado o horário a que passa o programa?
Discutimos muito com o director de programas da RTP 2 o horário de transmissão. Há dias em que, sabe-se lá porquê, escondem o programa atrás de uma repetição qualquer. No início, foi pensado passar por volta da 1h00, uma vez que pretendemos atingir um público jovem e não podemos competir no prime-time. Acho que depois da 1h30 já é muito tarde, à 1h00 é ideal, uma vez que o público potencial é ainda de cinquenta mil pessoas. Temos uma audiência média entre as vinte mil e as trinta mil pessoas. Não há nenhuma actividade da ESEC que atinja as trinta mil pessoas, nem sequer as mil pessoas. Grupo 1
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