terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Muitos trabalhos para pouco tempo
e muita gente para pouco espaço

crónica
Marcámos às duas da tarde nos claustros da ESEC. Tínhamos mais um trabalho em mãos e pouco tempo para o concretizar. Cada elemento do grupo organizou o seu tempo para estar na escola àquela hora, e alguns até atravessaram a cidade para cá chegar. À nossa volta, a música, as conversas e os risos são ensurdecedores e, por isso, aquele espaço não é o mais indicado para trabalhar. Juntos, percorremos os corredores apinhados de gente. "Desculpa, deixa-me passar... Com licença". Não é fácil atravessar a zona do aquário, quando há filas para a máquina de café ou para a fotocopiadora. Passado o “cabo das tormentas”, vamo-nos aproximando daquele que seria o da “boa esperança”. O barulho vai-se desvanecendo, à medida que nos aproximamos da biblioteca. Abrimos a porta e ouvimos um imenso burburinho, que abranda de cada vez que a funcionária sopra um “xiu” sobre aquele mar de gente. A biblioteca, como é conhecido o Centro de Documentação e Informação, deveria ser um local de estudo, com silêncio a ajudar à concentração.
"Boa tarde, queremos um gabinete, se faz favor", dissemos à funcionária, sem antes ter reparado que estavam todos ocupados. O tempo ia passando e o nosso trabalho para Atelier de Televisão continuava na "estaca zero". Requisitar uma sala parece ser a solução, mas há um longo caminho burocrático a percorrer para conseguir a chave. Saltando de serviço em serviço, descobrimos queera necessário fazer a requisitar com 48 horas de antecedência. Só nos restava uma saída: fazer o trabalho na casa de um dos elementos do grupo, depois de umas horas perdidas.
Bolonha trouxe mais alunos e a obrigatoriedade de estar presente nas aulas. Exige-se muito mais, sobretudo a nível de trabalhos a elaborar fora de aulas, e a ESEC torna-se pequena para proporcionar condições a tantos estudantes. Grupo 1

Um comentário:

João Orvalho disse...

Caros Alunos e Alunas,
Têm toda a razão. Lembro-vos que o Conselho Directo a que presidi deixou vários projectos para solucionar este problema. Um deles, é um espaço amplo para estudo em grupo. Deixamo-lo em fase de lançamento de concurso e com custo estimado em 126.000€. A sua construção foi um pressuposto, acordado, para o aumento do valor da propina. Este problema condiciona fortemente a qualidade da formação e ir-se-á agravar, à medida que o modelo de Bolonha for implementado.
J. Orvalho

 

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